Síndrome da bexiga dolorosa: quais são as causas?
A síndrome da bexiga dolorosa, também conhecida como cistite intersticial, é uma condição crônica caracterizada por dor ou desconforto na região da bexiga, frequentemente acompanhada de sintomas como disúria (dor ao urinar) e aumento da frequência urinária.
Esses sintomas ocorrem na ausência de uma infecção urinária identificável, tornando o diagnóstico e o tratamento desafiadores.
Entenda mais sobre essa condição, seus sintomas, causas, formas de diagnóstico e os tratamentos disponíveis.
O que é a síndrome da bexiga dolorosa?
A síndrome da bexiga dolorosa é definida como um distúrbio crônico que causa dor na região da bexiga e da pelve, geralmente acompanhada de sintomas urinários desconfortáveis.
Embora a dor seja o sintoma principal, a condição também pode incluir:
- Sensibilidade aumentada na região da bexiga;
- Urgência urinária (vontade intensa de urinar);
- Necessidade de urinar com frequência elevada, inclusive durante a noite.
Diferente de uma infecção urinária comum, na síndrome da bexiga dolorosa, exames laboratoriais não identificam a presença de bactérias ou outros patógenos.
Esta condição afeta homens e mulheres?
Sim, a síndrome da bexiga dolorosa pode afetar homens e mulheres, embora seja muito mais comum entre mulheres.
Estudos indicam que cerca de 90% dos casos diagnosticados ocorrem em mulheres, especialmente entre 30 e 50 anos.
Em homens, os sintomas podem ser confundidos com outras condições, como prostatite crônica, o que pode atrasar o diagnóstico.

Quais são os principais sintomas?
Os sintomas da síndrome da bexiga dolorosa variam em intensidade e frequência de pessoa para pessoa.
No entanto, os sinais mais comuns incluem:
- Dor: sintoma predominante, que pode ser localizada na bexiga, uretra ou pelve;
- Disúria: dor ou queimação durante a micção;
- Urgência urinária: necessidade urgente de urinar, mesmo com pouco volume de urina na bexiga;
- Frequência urinária elevada: vontade de urinar diversas vezes ao longo do dia e da noite;
- Desconforto após urinar: sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada.
Esses sintomas podem flutuar, piorando em determinados períodos, como durante o estresse ou no ciclo menstrual, no caso das mulheres.
Quais são as causas da síndrome da bexiga dolorosa?
Até o momento, as causas exatas da síndrome da bexiga dolorosa não são completamente compreendidas.
Contudo, algumas teorias apontam para fatores que podem estar relacionados ao desenvolvimento da condição, como:
- Disfunção na camada protetora do revestimento da bexiga, que pode permitir que substâncias irritantes na urina causem inflamação;
- Alterações no sistema imunológico, levando a uma reação inflamatória exagerada;
- Fatores genéticos;
- Disfunções nos nervos da região pélvica, causando dor e sensibilidade aumentada.
Apesar dessas teorias, a falta de uma causa bem definida na literatura médica torna o diagnóstico mais complexo.
Como esta síndrome é diagnosticada?
O diagnóstico da síndrome da bexiga dolorosa é essencialmente clínico e requer a exclusão de outras condições médicas que possam causar sintomas semelhantes, como infecções urinárias, cálculos renais ou alterações anatômicas.
Para isso, buscamos compreender o histórico detalhado dos sintomas do paciente e podemos solicitar exames de urina para descartar infecções, cistoscopia (exame que avalia a bexiga por meio de uma câmera) e testes urodinâmicos para avaliar o funcionamento da bexiga.
A exclusão de outras causas é um passo fundamental para confirmar o diagnóstico.
Quais tratamentos estão disponíveis para a síndrome da bexiga dolorosa?

O tratamento da síndrome da bexiga dolorosa varia de acordo com a gravidade dos sintomas e a resposta do paciente às intervenções. As opções incluem:
Mudanças no estilo de vida
Redução do consumo de alimentos irritantes, como cafeína e álcool, aumento na hidratação e gerenciamento do estresse.
Fisioterapia pélvica
Indicada para reduzir a tensão muscular na região pélvica.
Uso de medicamentos
Analgésicos, anti-histamínicos ou antidepressivos podem ser utilizados para aliviar os sintomas.
Instilação vesical
Introdução de medicamentos diretamente na bexiga por meio de cateter para reduzir a inflamação.
Cistoscopia com distensão vesical
Procedimento que pode aliviar os sintomas em alguns casos.
O tratamento desta condição será individualizado com base nos sintomas do paciente, seu estilo de vida e quadro de saúde geral.
Em casos mais graves, outras intervenções, como cirurgias, podem ser consideradas, embora sejam raramente necessárias.
Quais são as complicações a longo prazo desta condição, caso não seja diagnosticada?
Se não tratada, a síndrome da bexiga dolorosa pode levar a complicações significativas.
A redução da qualidade de vida ocorre devido à dor crônica e os sintomas urinários, que podem limitar as atividades diárias.
As limitações impostas pela condição podem afetar relacionamentos e desempenho profissional.
Isso pode acabar desencadeando quadros de estresse, ansiedade e depressão, comuns entre pacientes com esse problema.
Embora as causas ainda não sejam completamente compreendidas, o diagnóstico precoce e o tratamento personalizado podem ajudar a reduzir os sintomas e prevenir complicações
Por isso, contar com um especialista é fundamental nessas situações e pode fazer toda a diferença!
Então, se você apresenta sintomas associados a essa condição, agende uma consulta com o Urologista!
Dr. Eder Rocha
Urologia e Cirurgia Geral
CRMPI 5615
- Especialista em Cirurgia geral pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo;
- Especialista em Urologia pelo Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo;
- Título de Especialista em Urologista - TiSBU;
- Membro da Sociedade Brasileira de Urologia;
- Atualmente , Coordenador da Cirurgia Geral do Hospital Regional Justino Luz em Picos/Pi;
- Dr. Eder Rocha atende na Clínica Medcenter de Picos onde se dedica a oferecer uma consulta completa para indicar o tratamento mais apropriado para a realidade de cada paciente.